Diante do Senhor que vem ao encontro de nossa baixeza, abaixemos os celulares e elevemos o nosso coração
Na atualidade um novo fenômeno está acontecendo na Igreja, especialmente nos momentos de exposição e adoração ao Santíssimo Sacramento.
Antigamente (me sinto Matusalém sempre que digo isso) nesses grandes momentos víamos braços e mãos erguidos ao céu em clamor, em adoração num generoso gesto de gratidão
Àquele que tudo faz.
No mundo hodierno, essas expressões de louvor têm o seu lugar para os ciborgues, ou seja, gente meio orgânica meio cibernética. Não vemos mais as suas mãos e sim, aparelhos
celulares elevados, ávidos em registrar naquela hora, (e dá até briga quando um atrapalha o registro do outro) justamente o momento em que deveriam ter sido deixados desligados, ou
no mínimo no modo silencioso, dentro das bolsas ou dos bolsos.
Qual o verdadeiro objetivo desse registro? Será que quem os faz fica revendo aquela filmagem várias vezes?
Parece que as pessoas têm o seu celular não mais como um auxiliar da vida cotidiana. A impressão é que o celular agora faz parte do corpo do seu dono, como se fosse um novo órgão
vital sem o qual é impossível viver.
Registrar tornou-se mais importante do que vivenciar os momentos bons que não se repetem.
Não da mesma forma. Parece que mostrar nas redes sociais o quanto se é “religioso” é muito mais essencial do que ser um bom cristão que ama de verdade o seu Senhor.
É preciso rever certas posturas, pois, não é a quantidade de “curtidas” na foto ou no vídeo que garante a felicidade e a salvação. O que garante isso é a conversão diária do coração, na busca
da santidade, por meio da oração e da intimidade com Deus.
Não corramos o risco de trocar o verdadeiro encontro com Jesus por uma foto ou filmagem que se perdem.
Diante do Senhor que vem ao encontro de nossa baixeza, abaixemos os celulares e elevemos o nosso coração em Sua direção, para que Ele sim, possa gravar no nosso coração o registro do
Seu amor por nós.
Fabrício Alves
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