A figura materna de Maria é estimada por muitos, especialmente por fiéis católicos. Porém, muita gente ainda não vivencia uma amizade com ela por não conhecê-la bem e não perceber como é preciosa sua presença.

O valor grandioso de Maria é expresso na saudação do anjo Gabriel quando faz a anunciação do nascimento de Jesus. Ele diz “Ave, cheia de graça”. Sim, ela é cheia de graça. A palavra “cheia”, nesse contexto, quer dizer plena, de forma que nela não há espaço para coisa alguma a não ser a graça de Deus. Isso porque ela foi sonhada pelo Pai para abraçar essa missão e foi preparada para isso, desde sua concepção. A missão dada, ela abraçou com excelência e maestria no amor, respondendo seu sim com generosidade e seguindo com firmes passos até as últimas consequências o que ela assumiu.

 

O silêncio e a fé de Maria nos educam nas situações reais da vida, afinal, assim como nós encontramos dificuldades nos nossos caminhos, esse compromisso de ser mãe do Salvador do mundo também não foi fácil. Muitas contrariedades Maria encontrou, ao lado de seu castíssimo esposo José, porém, ela soube cumprir o ofício de ser mãe porque tudo que o Pai a ensinou, ela guardou em seu coração, ou seja, soube ser filha abandonada nos braços do Pai.
Por exemplo, na hora do nascimento do Menino Jesus, não havia lugar que os acolhesse. Maria poderia ficar preocupada, desconfiar da ação de Deus, sentir-se desamparada. Como você se sentiria no lugar dela? Se Deus te confiasse a missão de ter um filho e na hora do parto não houvesse lugar para o seu nascimento? Maria agiu como uma filha que confia plenamente na providência e nos cuidados do Pai, seguiu confiante, tranquila nas mãos do Pai, com fé inabalável.
Além disso, quando chegou a hora da redenção da humanidade, da salvação do mundo, do sacrifício perfeito, como teria se sentido a mãe daquele que foi sacrificado sem culpa alguma? Certamente com enorme dor ao ver o fruto de seu ventre pendurado na cruz. O que você teria feito no lugar dela? Ela agiu da mesma forma, como filha, permaneceu de pé, na serenidade e na paz de quem sabe que não foi abandonada pelo Pai.
Ao ser crucificado, quando Jesus olha para Maria do alto da cruz e a entrega como mãe a João e também entrega João a ela como filho, não é apenas mãe de João que ela se torna, mas sim de toda a humanidade, pois ali a raça humana estava nascendo em reconciliação com Deus Pai, livre da separação causada pelo pecado, pois todo pecado foi perdoado em misericórdia pelo sacrifício do Filho de Deus.
Como toda mãe, Maria também é perfeitamente atenta à necessidade dos filhos. Assim como as mães sabem interpretar as expressões dos seus filhos, mesmo que ainda não saibam falar, sabendo quando o choro é de fome, de sono, de frio ou de dor, Maria também observa seus filhos, conhece cada um deles e suas expressões. Sabe também de suas necessidades específicas, antes que recorram a ela com pedidos. A maternidade de Maria é perfeita pela graça de Deus.
Entretanto, antes de ser mãe, Maria é filha do Pai e age repetidamente revelando a nós o modelo de filiação, na confiança, no abandono, na esperança, na gratidão e no louvor. Ela aceitou os planos do Pai para a vida dela e a cada passo dado, podemos perceber a intimidade com o Pai. Ela deixou-se ser amada, deixou brotar de seu coração o mais sincero louvor, sua alma engrandeceu ao Senhor e seu espírito exultou de alegria em Deus seu salvador. Deixou-se ser proclamada bem-aventurada por todas as gerações, reconhecendo seu valor de filha muito amada, manifestando com humildade que o poderoso fez maravilhas nela e Santo é o seu nome. Deixou-se ser ensinada, vendo a autoridade do Pai em manisfestar o poder de seu braço, derrubar do trono os poderosos e exaltar os humildes, saciar os indigentes de bens e despedir os ricos de mãos vazias. Deixou-se ser conduzida, crendo fielmente na misericórdia de Deus que acolheu a Israel, seu servo, em favor de Abraão e sua posteridade, conforme prometeu a nossos pais. Foi levada pelos caminhos que o Pai determinou, não prendeu-se às próprias vontades, sonhos e interesses, mas viveu em tudo a liberdade de filha de um Pai que acolhe, que cuida e que, por mais duros que sejam os caminhos, nunca abandona seus filhos.
Que nós, filhos amados de Deus Pai, possamos nos refugiar na Santíssima Virgem Maria e ouvir a sua doce voz nos ensinando a depender do Pai, a ser filhos verdadeiramente abandonados ao seu amor. Sigamos esse modelo perfeito de obediência, confiança e intimidade com nosso Pai.
“À vossa proteção recorremos santa Mãe de Deus, não desprezeis as súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó virgem gloriosa e bendita, amém”.
Larissa Herculano
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