Somos únicos e irrepetíveis, e esta verdade é fato, ninguém pode mudar ou alterar essa realidade, apenas acolher e aceitar. Constantemente nos deparamos com questionamentos a cerca da nossa vida, do sentido da nossa existência e do nosso valor, somos impulsionados pela própria vida a apresentar a melhor versão de nós mesmos. E qual é essa versão?
Frequentemente nos fixamos nos rótulos que recebemos ao longo da
nossa história, gostamos de pensar que não temos a capacidade de mudança, que seremos sempre os mesmos, com os mesmos limites e fraquezas, que não somos bons o suficiente ou o contrário, que somos bons demais para determinada pessoa ou
tarefa. Para adquirir a melhor versão de nós mesmos é preciso, a priori, deixar o ego de lado e fazer vez ou outra uma autoanálise com honestidade, com amor próprio e desejo de agradar a Deus. Não podemos mudar para agradar pessoas, porque tal atitude pode se tornar apenas em um comportamentalismo temporário e nem um pouco eficaz. A vida não é previsível, assim como nenhum ser humano o é, há sempre surpresas a serem descobertas e verdades reveladas.
Muitas vezes temos orgulho em nos autodefender, mesmo quando estamos errados, optamos por repetir ciclicamente os mesmos comportamentos e atitudes e ainda reclamamos que “nada muda”. Como mudar se continuamos os
mesmos? Às vezes sabemos até o resultado das nossas ações e quando elas acontecem ainda nos surpreendemos, isso é uma absurdo tremendo! É uma empreitada inútil. Precisamos parar de sermos os mesmos, para nos tornarmos a
melhor versão de nós mesmos.
A melhor versão de nós mesmos não é mudar quem somos ou a nossa personalidade, é aprimorar nossas qualidades e minimizar nossos limites e fraquezas, é renunciar aos vícios e pecados, é reconstruir-se, mesmo que seja necessário demolir algumas concepções, ideologias e mentalidades. A desconstrução faz parte da vida, aceitar isso é sinal de maturidade. Tudo no mundo se transforma e nós não somos diferentes, retemos apenas a nossa essência, essa não muda, fomos criados à imagem e semelhança de Deus, esse fato é “algo” que é nosso, recebemos o sopro do Espirito Santo e isso não mudará nunca, é a nossa marca, mas para além dessa verdade, fomos também feitos a partir do barro, somos frágeis e limitados, no entanto, apesar dessa fragilidade e pequenez, podemos apresentar hoje uma versão melhor do que fomos ontem e no amanhã, sermos melhores do que somos hoje. Esse exercício precisa ser
continuo, tornar-se em nosso cotidiano um habito salutar e necessário.
Quando falhamos tentando melhorar a nós mesmos, é uma falha que traz aprendizado, crescimento e maturidade. Somos humanos, portanto, será inevitável a falha, o erro, mas nas tentativas estão contidos o aprendizado e a determinação. O fracasso não determina quem somos, porém, deve nos ensinar a termos tolerância
conosco e a recomeçar sempre que necessário. Geralmente a cada recomeço está surgindo a nossa melhor versão. Aparecem sonhos, projetos, novas e melhores experiências, processos que nos transformam, crises que nos aprimoram, pessoas que nos ensinam, exortam e amam, sentimentos antigos, novos, recordações… Enfim, vida nova, uma versão de nós mesmos melhor que a antiga.
Por vezes, essa versão nova de nós mesmos pode nos assustar, talvez ela não seja aquilo que planejamos ou projetamos para o nosso futuro, mas se foi colocado nas mãos do Divino Oleiro, nosso Senhor, com certeza será a melhor versão
de nós mesmos. Vale apena o esforço, as renúncias e as mortes.
Amados irmãos e irmãs, não podemos parar nos nossos sentimentos, fraquezas ou desafios, nas feridas, perdas, traumas e sofrimentos diversos, é preciso buscar a todo instante, sob a força do Altíssimo, a nossa melhor versão sempre. Sejamos hoje e a cada novo dia, a melhor versão de nós mesmos.
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