Li em um certo livro uma vez que preceitos são lemas que fazemos para nossa vida. Uma parte do livro diz a respeito do seguinte preceito: “Quem nós somos!”

-Quem nós somos! Que tipo de pessoa somos? Não é isso o mais importante? Não é esse tipo de pergunta que deveríamos nos fazer o tempo inteiro ? “Que tipo de pessoeu sou?”(Palacio,2012)

Essa é uma das perguntas que mesmo sem perceber, fazemos a todo instante na África; porque reclamamos tanto, quem nós somos e aonde queremos chegar, e qual legado devemos deixar para o mundo: Sermos apenas mais humanos? Amor? Compreensão? Respeito? Tudo isso, mesmo sem termos noção, naquele momento nos faz refletir.

Neste mesmo livro fala sobre um menino extraordinário que em um primeiro momento é julgado por suas deficiências físicas ou diria diferenças físicas do que o mundo está acostumado. A África nos remete a esse encontro de diferenças. Sim, num primeiro instante assustados por uma realidade tão distante da nossa, questionamos Deus, questionamos o mundo, o porquê de tanta desigualdade, mas assim como no livro ao conhecer melhor o menino, ou diria, ao conhecer melhor a África você começa a perceber a singularidade de Deus e o mundo extraordinário que fomos privilegiados de conhecer.

Se por um lado, num olhar mais apressado nos diz que falta saneamento, falta infra estrutura para educação, saúde e falta conhecimento, essa mesma África nos convida há um olhar e caminhar mais devagar aonde você vê que o tudo que nós temos também nos tirou o olhar devagar diante da vida, diante das pequenas coisas, e a certeza que o olhar de Deus não é mesmo do nosso.

Esse mundo extraordinário, nos mostra pessoas que sabem respeitar as diferenças de religião, de cultura, que partilham o pouco que tem, e não tendo tanta tecnologia, tem tempo para uma conversa sem mundos virtuais e com olhares sinceros.

As crianças… Há as crianças… Elas são outra particularidade da África. Elas pegam em sua mão e sorriem com a segurança e uma fé, que você pode levar elas para qualquer lugar, sem o menor medo e não é essa fé que deveríamos ter diante de tudo que temos?

Não é essa fé que deveria nos fazer ver que Deus, só quer nos lembrar quem somos. E aí talvez um dia a gente entenda que não se trata de cor, raça, preferências, políticas, profissões e status, se trata apenas de ser mais humanos e talvez nesse mesmo dia aprendamos mais sobre o amor.

Um provérbio africano diz que: “Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, conseguem mudanças extraordinárias.” Com esse provérbio somos gratos pela oportunidade de te conhecer África, pelas tantas pessoas que dedicam as suas vidas e nos ensinaram tanto nesses dias: Dom Pedro, Adriana, Pérola, Roberta, Fabi, Claudinei, Eliane, Bruno, Usta e tantos outros que poderíamos ficar horas falando das partilhas de vida durante esses dias e aqueles que passaram essa jornada conosco: Isabela, Marcos e também aqueles que ajudaram de outras formas a entendermos como seria essa jornada: Reinaldo, Claudinéia, Magno Fernando.

Até breve, África. Obrigada pelo seu mundo extraordinário. Com seu mundo levamos para nossa vida mais um preceito: “Quando estiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil.”

Família da Missionária Roberta, que está na Missão África em Gabu/ Guiné Bissau:  Fernanda (irmã), Silmei e Roberto (pais). 

 

Fotógrafo: Acervo Pessoal

Fonte: Fern

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