Aproxima-se a Festa de Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa, e a Igreja se renova no seu amor e no seu ardor para continuar a sublime missão de Anunciar a Boa Nova da Salvação àqueles que ainda não conhecem a grandeza do Amor de Deus.

De fato, essa preparação se dá de forma ativa, como vai nos recordar o Pe. Raniero Cantalamessa, OFM Cap, atual pregador da Casa Pontifícia, uma vez que “também a Festa de Pentecostes merece seu advento, isto é, um tempo de espera e de preparação que nos disponha a acolher, quando vier, este ‘máximo dom de Deus’”.

Vivemos o tempo do Espírito, o Kairós – tempo da graça – e somos chamados ser Igreja em Missão, anunciando o Amor do Pai aos seus filhos muito amados, porém, podemos nos perguntar: “como viver bem essa missão?” A resposta passa, sem dúvida, pela experiência concreta com o Amor do Pai, com a Salvação do Filho e com a Santificação do Espírito.

Quando nos detemos nos textos do Antigo Testamento, percebemos claramente que aquele tempo, desde os detalhes até as grandes manifestações, era o tempo de uma ação mais direta de Deus Pai na história da humanidade – a criação, a escolha de um povo, a sua libertação da escravidão do Egito, os mandamentos – em todas essas realidades, o Pai manifestou seu Amor para com seu povo. Já no Novo Testamento, sobretudo nos quatro Evangelhos, contemplamos a Plenitude dos Tempos, Deus que arma a sua Tenda no meio de nós (cf. Jo 1, 14) para salvar-nos dos nossos pecados, é o tempo da Salvação, de Jesus Redentor que eleva nossa humanidade pecadora à condição de filhos amados. Jesus é aquele nos revela a face do Pai (cf. Jo 14,7). Prosseguindo, dos Atos dos Apóstolos até os dias atuais, vivemos o tempo do Espírito, onde somos chamados particularmente a testemunhar com a vida o Amor do Pai e a Salvação de Jesus Cristo, e esse testemunho, essa martyria, passa pela compreensão de que a minha vida é uma missão nessa terra e é precisamente essa missão que me santifica!

“Deus é Amor” (I Jo 4) que tem a iniciativa de me amar e que me impulsiona a fazer da minha vida uma missão de Amor (cf. I Jo 4, 19). Quando a experiência concreta com o Amor de Deus torna-se base em minha vida, posso então viver com serenidade a missão de amar. Amar nas pequenas coisas, nas missões do dia a dia, nas pessoas que cruzam meu caminho, em como me empenho nas tarefas que me são dadas, em como coloco minha vida a serviço, pois como cita o Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium “A missão no coração do povo não é uma parte da minha vida ou um ornamento que posso por de lado; não é um apêndice ou um momento entre tantos outros da minha vida, é algo que não posso arrancar do meu ser, se não me quero destruir. Eu sou uma missão nesta terra e para isso estou neste mundo. É preciso considerarmo-nos como que marcados à fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar. Nisto uma pessoa se revela enfermeira no espírito, professor no espírito, político no espírito, ou seja, pessoas que decidiram no mais íntimo de si mesmas, estar com os outros e ser para os outros, mas se uma pessoa coloca a tarefa de um lado e a vida privada do outro, tudo se torna cinzento e viverá continuamente à procura de reconhecimentos ou defendendo as suas próprias exigências. Deixará de ser povo”

Que Nossa Senhora, a esposa do Espírito Santo, estrela da Evangelização, interceda por nós na nossa missão de Amar, sobretudo, nos ajudando a ter nos lábios e no coração o seu Magnificat, o seu cântico de louvor, pois ao compreender a vida como missão, não existe espaço para a murmuração.

 

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